Champagne é champagne. O resto é espumante. Canso de ouvir isto de quem sabe e de quem não sabe a diferença. Há quem saiba bem na teoria. Mas na prática já vi muita gente se confundir. Basta uma degustação as cegas para o sujeito se atrapalhar. Até porque, as casas produtores de Champagne prezam por manter estilos demarcados. Portanto não existe UM Champagne, mas vários. Um Veuve Cliquot, cheio de aromas de brioches é bem diferente de um Taittinger de aromas frutados e com grande acidez. Assim como a complexidade de Dom Pérignon contrasta com certa ligeireza de Mumm. Claro que tudo isto são generalizações. Mas com um fundo de verdade.
A esmagadora maioria dos champagnes é produzida hoje com uma, duas ou todas destas tres castas: pinot noir, chardonnay e pinot meunier. Mas outras cepas existiam na região e quem as tem plantadas ainda pode usar. Mas é proibida a plantação em novas áreas. Coisas de burocracia.
Por isso não poderia recusar o gentil convite para participar de uma degustação vertical de um champagne que usa seis castas autorizadas na região: Moutard Cuvée dês 6 Cépages nas safras 2004, 2006 e 2007.
As cepas usadas são Arbane, Petit Meslier, Pinot Blanc, Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Cada variedade foi vinificada separadamente em barris de carvalho e depois foi feito o blend.
Dá pra notar
A safra 2004 era uma garrafa magnum ( 1,5 litros). Curiosamente era a mais conservada, tanto na cor quanto nas características organolépticas.
Moutard Cuvée dês 6 Cépages 2007
Pts 90
Pts 91
Moutard Cuvée dês 6 Cépages 2004 ( Magnum)
Pts 93
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